Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Quem chega a Faxinal do Soturno tem, agora, uma recepção calorosa, recheada pelos talentos da Quarta Colônia. No fim do ano passado, o município inaugurou a Casa de Faxinal, no prédio do Centro de Informações Turísticas, na estrada da cidade, na ERS-149. O espaço foi cedido pelo poder público para agroindústrias e artesãs, que administram o local por meio de uma escala, onde cada família fica responsável por um dia.
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Diariamente, das 10h às 19h, o público encontra, entre as peças de artesanato, quadros, bolsas, chaveiros, panos de prato e objetos de decoração em diversos materiais, como madeira, tecido, crochê e tricô. Cada produto carrega consigo as características dos atrativos de Faxinal do Soturno, como, por exemplo, os dinossauros, que remetem às pesquisas paleontológicas existentes na região.
Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Na parte gastronômica, as delícias da terra enchem os olhos e dão água na boca. São pães, conservas, geleias, licores, bolachas, salgados congelados e variados tipos de verduras.
A artesã e professora de Artes Márcia Dalmolin participa da coordenação da Casa de Faxinal e foi uma das pessoas que se mobilizaram para transformar um sonho em realidade. Ela se juntou à chefe do escritório municipal da Emater, Bruna Neubauer, e à prefeitura para conseguir um local para expor aquilo que existe de bom na cidade. O Centro de Informações Turísticas, construído há alguns anos e inoperante, serviu como uma luva.
- Sou apaixonada pela cultura de Faxinal. As pessoas de fora perguntavam "onde compramos coisas da sua cidade?". Então, reunimos essas belezas produzidas pelas famílias para recepcionar os turistas - diz Márcia.
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Além de transmitir informações turísticas de Faxinal do Soturno, as famílias têm a chance aumentar a sua renda, visto que tinham, até então, poucas oportunidades de comercializar seus produtos em feiras ou eventos semelhantes. São cerca de 20 produtores de agroindústrias e artesanato envolvidos com a Casa de Faxinal.
- A mobilização dos agricultores foi feita pela Emater. Queremos aproveitar o fluxo de visitantes, o pessoal que vem para as Termas Romanas, novo investimento próximo à rodovia - fala Bruna.
O pátio do "portal turístico" está ornamentado com flores e, nos muros, estão fixadas as antigas portas do Hospital de Caridade São Roque, como decoração. Também há uma pracinha no local, para quem gosta de matear ao final de tarde. Em 2020, novos itens devem ser adicionados ao terreno, como uma máquina a vapor e uma pipa de vinho, e outras alterações na estética ambiental devem ser feitas. Enfim, a parceria público-privada, entre prefeitura, Emater e agricultores, com apoio de empresas da cidade, está montando um cenário de valorização cultural e econômica.
Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Darci Borges e Onilda Veiga produzem itens de decoração e brinquedos, em madeira e tecidos
RENDA
Para o casal Onilda da Veiga, 66 anos, e Darci Borges, 78, trabalhar com artesanato é uma forma de passar o tempo, exercitar a mente e para complementar a renda. Os dois são aposentados e moram há cerca de seis anos em uma propriedade rural. Ele tem habilidade para trabalhar com madeira, fazendo carrinhos, tratores, casinhas para passarinhos, entre outras encomendas. Ela tem talento para os tecidos e costuras, confeccionando diversos produtos, a exemplo dos patchworks.
- É muito bom ter uma oportunidade para vender os nossos produtos. Já estamos tendo retorno e várias encomendas, principalmente das caminhas para bonecas e tratores. As crianças ainda gostam desse tipo de brinquedo - afirma Onilda.
A ideia é que a comunidade utilize o espaço como um ponto de encontro. E quem for de fora e passar pelo município terá a chance de levar na carona as marcas que caracterizam a Quarta Colônia.
*Colaborou Rafael Favero
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